Das “fora-de-estradas” atualmente disponíveis no Brasil, ela é a queridinha da maioria. Com tantos adjetivos, não é à toa que está forte entre as trails médias.
Há razões diversas para se afirmar - e comprovar - que a Yamaha XT 660R é, atualmente, a queridinha entre grande parte dos motociclistas brasileiros. Primeiro, as condições de nossas ruas, avenidas e estradas, que não são lá tão ideais para motos estradeiras ou mesmo esportivas. As big trails têm sido, então, alvo de preferência de vários motociclistas, especialmente, aqueles que curtem pegar a estrada, de norte a sul do país, sem distinção de terrenos. As trails foram feitas - ou nem tanto, dependendo do modelo da moto - para isso, e o consumidor brasileiro anda cada vez mais exigente (e autoadaptativo, por assim dizer, também).
Lançada em 2004, na Europa, começou a ser comercializada no Brasil em 2005, a fim de substituir a também ótima XT 600E, o que conseguiu fazer no melhor estilo.
A XT 660R é dotada de motor monocilíndrico OHC de 660 cm3, 4 válvulas, alimentado por injeção eletrônica, cárter seco e com refrigeração líquida. Gera potência de 48 cv a 6000 rpm; seu torque máximo é de 5,95 Kgfm a 5.250 rpm, o que lhe dá uma considerável força aliada a potência. Tanto em trechos urbanos como em viagens, a XT 660R garante boa rodagem, sem ficar para trás, em relação a outras motocicletas da mesma faixa de cilindrada, como a Suzuki V-Strom 650, Kawasaki Versys 650 e a Honda Transalp 700. Estas últimas contam com potências maiores, contudo, nas finais, não passam vexame na Yamaha.
Com a boa relação entre os sistemas de injeção e ignição, a XT 660R oferece uma confiável e eficiente performance, seja no terreno que estiver, dentro ou fora da cidade.
É uma moto econômica, também. Seu consumo gira em torno de 20,7 km/l - não exatamente, mas a média geral obtida na média horária de 100 km/h, sem garupa. Contando com a capacidade do tanque, que é de 15 litros, sua autonomia fica em torno de 310 quilômetros.
Câmbio
Bastante preciso e de mudanças rápidas, só pede um pouco mais de atenção em suas mudanças, para evitar aqueles erros que deixam alguns pilotos de cara vermelha. A embreagem é leve, resistente e de acionamento rápido. Possui câmbio manual com 5 velocidades.
A transmissão final é por corrente - selada com anéis de borracha. Possui comprimento de 2.240 mm e largura de 845 mm. Sua altura é de 1.230 mm, com distância mínima do solo a 210 mm. Uma motocicleta com respeitável porte e que mostra presença por onde passa.
Ciclística e nova cor
Desde o lançamento, a Yamaha não fez grandes mudanças técnicas na XT 660R, a não ser nas cores. Para 2013, ela veio também na cor branca, mantendo seu visual agressivo e, ao mesmo tempo, minimalista, em se tratando do conjunto óptico (faróis e setas).
No entanto, ciclisticamente falando, a XT privilegia a agilidade ao conforto, portanto, pode propiciar um certo cansaço ao condutor, especialmente, em percursos maiores. Dotada de um guidão amplo, banco reto com espuma densa, o piloto fica com seus braços abertos e o corpo ereto, o que ocasiona maior arrasto, devido à resistência do ar contra seu peito. Mesmo assim, é fácil suportar 700 km em um só dia, antes de parar em um hotel ou pousada pra passar a noite, antes de prosseguir a estrada. Mas, de uma coisa, o piloto da XT 660R não vai precisar se preocupar tanto: buracos.
A suspensão dianteira da Yamaha XT 660R é do tipo garfo telescópico hidráulico, sem ajuste, com curso de 225 mm. A traseira é dotada de um braço oscilante e monoamortecida, oferecendo curso de 200 mm.
As rodas são de alumínio e raiadas, sendo de 21 polegadas a dianteira e 17 polegadas a traseira. O pneu dianteiro mede 90/90-21 M/C 54 S e o traseiro 130/80-17 M/C 65 S, ambos com câmara.
Freios a disco, tanto na dianteira, como na traseira, garantem maior segurança na hora de parar a motocicleta. Na frente, a XT é dotada de disco único flutuante e ventilado de 298 mm, sugurado por uma pinça de 2 pistões; atrás, disco simples ventilado de 245 mm, segurado por uma pinça de 1 pistão.
Está sendo encontrada, nova, em torno de R$ 26.880,00, que é o preço sugerido pela fábrica. Para motos que fazem nossas ruas parecerem somente tapetes mal cuidados, por este preço vale a pena fazer uma economia, não? Porque, no final, sai mais em conta.
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